Marcos Galinari
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domingo, 7 de outubro de 2007
Monólogo: A Viagem
É batata.
Já reparou como o relógio corre
quando você está atrasada ?
Algumas coisas correm, outras param.
Taxista então minha filha, parece que tá morrendo.
Ele abre a porta, coloca a sua mala
no bagageiro, dá aquela voltinha no carro,
ajusta o espelhinho...
Meia hora depois e você ainda lá, querendo enforcar o desgraçado.
Depois de quase um dia inteiro – assim, uns dois minutos,
ele olha pra você e diz:
Vamos para onde senhora ?
Eu cheguei cansada, muito cansada.
Quando olhei, e vi aquele corredor enorme
um entra e sai danado pensei...
ah, isso não vai dar certo...
Não tem como dar certo ... não vai dar não, desiste.
Hii ... desiste. Mas aí é que bateu a coragem . Vai sim boba.
Você veio até aqui pra desistir ?
Não desiste não criatura. Não, não!
E corri. Corri feito uma loca. Menina como eu corri aquele dia.
Arrastando tudo, puxando, tropeçando e o corredor lá cumpriiido que eu nunca vi
daquele jeito. Parecia até que aquela coisa não tinha mais fim.
No final, quase morta de tando andar tinha duas. Alí, bem
paradinhas bem na porta.
Com aquele sorrizinho desenhado na cara.
Ah eu nem olhei. Mas também, nem dava tempo.
Passei direto. Esbarrando em tudo mesmo.
Entrei. Todo mundo em pé, criança chorando, criança rindo...
Olha, coisa caindo pra tudo quanto era lado.
Um horror minha filha. Um horror!
E eu naquele agonia né Onde é que eu sento,.
onde é que eu sento...
Foi nessa hora que um moleque veio correndo e pum ! Esbarrou
em mim, grudei de um lado de outro ...
Minha bolsa caiu ... mas olha …
Aí foi batom, foi brinco...
Até aquela continha que tinha sumido eu achei.
E eu naquela correria né...
Procurei o número, achei, pedi licença, sentei.
Era a minha primeira viagem de avião.
Pena que o meu avião não era aquele.
Criatura, eu passei a maior vergonha da minha vida.
Tive que sair de fininho, perdi o meu vôo, perdi o batizado do menino,
fiquei arrasada... arrasada.
Só quem viajou foi minha bagagem.
É, eu já tinha despachado.
Não, ainda não voltou não.
Já reparou como o relógio corre
quando você está atrasada ?
Algumas coisas correm, outras param.
Taxista então minha filha, parece que tá morrendo.
Ele abre a porta, coloca a sua mala
no bagageiro, dá aquela voltinha no carro,
ajusta o espelhinho...
Meia hora depois e você ainda lá, querendo enforcar o desgraçado.
Depois de quase um dia inteiro – assim, uns dois minutos,
ele olha pra você e diz:
Vamos para onde senhora ?
Eu cheguei cansada, muito cansada.
Quando olhei, e vi aquele corredor enorme
um entra e sai danado pensei...
ah, isso não vai dar certo...
Não tem como dar certo ... não vai dar não, desiste.
Hii ... desiste. Mas aí é que bateu a coragem . Vai sim boba.
Você veio até aqui pra desistir ?
Não desiste não criatura. Não, não!
E corri. Corri feito uma loca. Menina como eu corri aquele dia.
Arrastando tudo, puxando, tropeçando e o corredor lá cumpriiido que eu nunca vi
daquele jeito. Parecia até que aquela coisa não tinha mais fim.
No final, quase morta de tando andar tinha duas. Alí, bem
paradinhas bem na porta.
Com aquele sorrizinho desenhado na cara.
Ah eu nem olhei. Mas também, nem dava tempo.
Passei direto. Esbarrando em tudo mesmo.
Entrei. Todo mundo em pé, criança chorando, criança rindo...
Olha, coisa caindo pra tudo quanto era lado.
Um horror minha filha. Um horror!
E eu naquele agonia né Onde é que eu sento,.
onde é que eu sento...
Foi nessa hora que um moleque veio correndo e pum ! Esbarrou
em mim, grudei de um lado de outro ...
Minha bolsa caiu ... mas olha …
Aí foi batom, foi brinco...
Até aquela continha que tinha sumido eu achei.
E eu naquela correria né...
Procurei o número, achei, pedi licença, sentei.
Era a minha primeira viagem de avião.
Pena que o meu avião não era aquele.
Criatura, eu passei a maior vergonha da minha vida.
Tive que sair de fininho, perdi o meu vôo, perdi o batizado do menino,
fiquei arrasada... arrasada.
Só quem viajou foi minha bagagem.
É, eu já tinha despachado.
Não, ainda não voltou não.
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